Primeiramente, sou um usuário bem experiente. Meu antigo notebook veio com Windows 7 pré-instalado, mas usei praticamente só Ubuntu nos últimos dois anos. Também uso Ubuntu no laboratório em que trabalho e posso dizer que tenho bastante experiência tanto com Linux como com Windows.
Impressão Inicial
Passei meus primeiros 10 minutos descobrindo, basicamente, como não usar a nova interface do Windows 8 e manter o desktop visível o máximo de tempo possível. Também demorei algum tempo até achar o Painel de Controle. O item "Configurações" da interface nova não é equivalente e mostra bem menos opções.Após este primeiro contato, usar o Windows 8 no modo Desktop é igualzinho a usar o Windows 7, só que mais rápido. Aliás, a agilidade nas tarefas em geral está bem maior no novo Windows e isto é especialmente perceptível ao ligar e desligar o notebook. A opção de suspender, então, ficou visivelmente mais rápida e quase parece que o computador nunca desliga.
O Windows 8 no modo desktop não é muito diferente do Windows 7. |
Muito se falou da ausência do menu Iniciar. Até agora, posso dizer que não sinto falta nenhuma dele. Em vez de procurar o nome de um programa no menu, agora eu aperto a tecla "Windows" e começo a digitar o nome do programa que quero abrir. O Windows 8 mostra uma lista de programas que contém a minha busca e na maioria das vezes nem preciso digitar o nome até o fim. É só digitar o começo e apertar Enter. Muito melhor, na minha opinião.
Não irei fazer comentários sobre o IE novo pois nunca o utilizei. Meu navegador favorito é o Firefox e ele foi o primeiro programa que instalei. Também não posso falar muito sobre a interface nova (chamada de Modern pela Microsoft), já que, tirando o atalho que comentei acima, não encontrei muita utilidade para ela.
Programação
Como faço doutorado em Computação, uma das minhas principais atividades é programar (a outra é ler artigos). Sempre que posso programo em Python, porém frequentemente programo em C para minhas pesquisas.Python tem um suporte curioso a Windows. Apesar do instalador funcionar super bem, programas para gerenciamento de pacotes, como o pip, são bem chatos de instalar. Além disto, o pip tem sérios problemas em compilar extensões nativas, como o Numpy, principalmente por depender de uma instalação funcionando do Visual C++. Felizmente existe este site, feito pelo Christoph Gohlke, que contém uma quantidade impressionante de pacotes pré-compilados para Windows.
Se você não for usar o Visual Studio é bem provável que você tenha dificuldades em programar em C em Windows, especialmente se estiver acostumado com Linux. Existem distribuições do gcc e similares para Windows (MingW), porém a experiência é muito pior que no Linux (especialmente por causa do péssimo terminal do Windows). Por estar acostumado com meu Ubuntu, preferi então instalar uma máquina virtual e escolhi o VMware Player. Instalei a distribuição Lubuntu, que nada mais é que o Ubuntu com a interface gráfica LXDE, que é bem mais leve que a padrão do Ubuntu.
A grande vantagem de se utilizar o VMware player é que ele possui o modo Unity, que faz com que as janelas da máquina virtual apareça lado a lado com as janelas do sistema operacional nativo. Isto torna a utilização muito mais prática. Para lançar programas na VM basta apertar Ctrl+Shift+U que aparece um menu com todos os programas instalados na sua VM.
Demonstração do VMware Unity. Janelas da minha VM Linux e do Windows compartilhando o mesmo desktop! |
Até agora, o desempenho tem sido bom. A velocidade da VM é boa e é muito prático poder usar o que cada sistema tem de melhor ao mesmo tempo.