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segunda-feira, 2 de março de 2015

Teoria de W-operadores - Reticulados e Operadores entre reticulados


A revisão de teoria continua, desta vez com aspectos fundamentais do treinamento de Woperadores. Neste documento irei apresentar algumas definições importantes de reticulados e operadores entre reticulados.

Conjuntos parcialmente ordenados e Reticulados completos

Seja L um conjunto e uma relação binária entre elementos de L. Se a relação for:
  1. reflexiva (xxxL);
  2. anti-simétrica (xy e yx implica x=y);
  3. transitiva (xy e yz implica xx),
então (L,) é chamado de conjunto parcialmente ordenado ou poset (de partially ordered set). A relação é chamada de relação de ordem parcial (pois não requer que todos elementos estejam relacionados).
Sejam L,UL e ΞL, então L e U são chamados de limite superior e limite inferior de Ξ se XUXΞ e LX,XΞ, respectivamente. O menor limitante superior de Ξ, se ele existir, é chamado de supremo. Da mesma maneira, o maior limitante inferior de Ξ é chamado de ínfimo. Tanto o ínfimo quanto o supremo são únicos, se existirem. O ínfimo e o supremo entre dois elementos X e Y são denotados XY e XY.
Um subconjunto ΞL é um intervalo se e somente se existem dois elementos A,BL tal que
AXBXΞ,XL.
Intervalos são denotados por [A,B], sendo que A é a extremidade esquerda e B a extremidade direita do intervalo. O conjunto de intervalors {[A,B]:A,BL,AB} junto com a operação é um reticulado completo.
[A,B][A,B]AA e BB
O conjunto Max({[A,B]}) contém todos os intervalos maximais.
Um poset L é um reticulado completo se todo subconjunto de L possui um ínfimo e um supremo. Reticulados completos sempre possuem um máximo I e um mínimo O. Quando todos os elementos de um reticulado completo são comparáveis ele é chamado de cadeia.

Operadores entre reticulados

Dados reticulados L1 e L2, o conjunto Fun[L1,L2] contém todas as funções de L1 a L2. Elementos deste conjunto são chamados de operadores ou mapeamentos. Elementos de L1 serão denotados A,B e X e elementos de L2 serão denotados V e Y. Operadores serão denotados por letras gregas minúsculas α,β,.
Defina λA,B um operador (chamado de sup-gerador) de L1 para {0,1} da seguinte maneira:
λA,B(X)={1, if X[A,B]0, otherwise 
O kernel KψFun[L2,P(L1)] de um operador ψFun[L1,L2] é dado por
Kψ(Y)={XL1:Yψ(X)}.
Essencialmente, Kψ contém, para cada elemento Y todos os elementos de L1 que são maiores ou iguais a Y após a aplicação de ψ.

Teorema (Decomposição Canônica):

Todo operador ψFun[L1,L2] pode ser decomposto em função de operadores sup-geradores:
ψ(X)={YL2:{λA,B(X):[A,B]Kψ(Y)}=1},XL1
A representação de um operador utilizando a decomposição acima é redundante, pois se X[A,B] e X[A,B] tal que AA e BB então o intervalo [A,B] é redundante. Desta forma, definimos
Bψ(Y)=Max(Kψ(Y))={[A,B]:[A,B] s.t. [A,B][A,B]}
e o teorema acima se torna
ψ(X)={YL2:{λA,B(X):[A,B]Bψ(Y)}=1},XL1
e a representação de ψ em termos de Bψ é chamada de decomposição por um conjunto de operadores sup-geradores.

Caso específico: Operadores entre reticulados e cadeias

Suponha que L2=M=[0,m]. Então o conjunto K={Kψ(y):yM} também é uma cadeia em (P(L1),) para todo ψFun[L1,M]. Logo, o teorema da decomposição canônica se torna:
ψ(X)=my=1{λA,B(X):[A,B]Bψ(y)}
Se m=1, o teorema se torna:
ψ(X)={λA,B(X):[A,B]Bψ(1)}

Caso específico II: Imagens

Este outro texto explica o caso específico que interpreta imagens como reticulados e contextualiza a decomposição canônica como uma composição de operações de imagens.

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